Naquele tempo, eu comia bibiti sentindo a terra estalar nos dentes, com os pés crivados de rosetas,
e me sentia feliz!
Bebia água da cacimba, comia feijão com arroz, dormia em colchão de palha
e sonhava feliz!
Tomava banho de rio ou de bacia, esfregava o corpo com trapo e sabão em pedra, secava ao sol ou com um pano qualquer
e suspirava feliz!
Naquele tempo, tempo “bão”!
De café coado,
ovo frito, feijão mexido requentado,
torresmo e pinhão sapecado!
De vaga-lumes no terreiro,
Mão pelada no potreiro
E raposa no galinheiro!
De risadas e gritaria
Canela esfolada, unha arrancada,
Galo na testa, prego no pé!
Carrapicho no cabelo
Barro no corpo inteiro
Rio abaixo, mataréu...
Meu lugarejo, meu céu!
Texto e fotografia de Jossara Bes.
Memórias que escrevem poesia com versos de lembrança. Vida rabiscada nas linhas do tempo que passou.
ResponderExcluirTenha uma boa semana, inspirada e inspiradora.
Um abraço. Tudo de bom.
APON NA ARTE DA VIDA 💗 Textos para sentir e pensar & Nossos Vídeos no Youtube.
Gostei mito do texto poético, evocador de um tempo rude, mas saudavelmente natural.
ResponderExcluirAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Queria dizer: "Gostei muito..."
ResponderExcluirJuvenal Nunes
Vivi em tal estilo de Vida. Isso deu-me conhecimento sobre a Vida.
ResponderExcluirAmei!
Parabéns.
Beijo
SOL da Esteva
Oi Jossara,
ResponderExcluirEu sempre vivi em cidades, mas meus pais tinham um sitio no qual íamos nos finais de semana e eu adorava!
Beijos
Oi, Jossara, querida amiga!
ResponderExcluirCom tua descrição, sei que foste muito feliz nessa época. Vivias no campo e não na cidade e foste muito feliz.
Eu nunca tive essa experiência, pois com 2 anos vim para a cidade de Lisboa.
A foto está muito bela.
Beijos e bfds.
Também fui privilegiada com uma infância feliz. Comendo feijão com arroz e ovo, correndo atrás dos vagalumes pelo quintal e carrapicho no cabelo e na roupa então, nem se fala.
ResponderExcluirBom te ler. A foto está linda!
Um abraço