Naquele tempo, a felicidade passeava por entre os canteiros de couve e salsinhas, disfarçada no perfume bom da erva cidreira!
Também, ondulava na calmaria transparente do riachinho,
nas flores miúdas, espalhadas pelo caminho
ou, distraída no bico de algum passarinho!
Naquele tempo bom, de afetos sem palavras e afagos sem toques, meu coração voejava ventaneiro, nutrido de delicadezas e encantamentos, pois todas as manhãs quando eu abria meus olhos, lá estava ela, soprando esperanças no meu despertar!
Minha mãe era a ultima pessoa que eu via a noite, e a primeira, quando eu acordava!
No olhar de minha mãe, via as certezas do mundo e a coragem que eu precisava para enfrentar o que a vida me apresentasse!
Eu via o amor se materializando!
No trigo que virava pão,
nas roupas costuradas a mão,
no afofar das palhas, do colchão
e, no peneirar de feijão!
Dia inteiros, noite afora,
Com Deus e Nossa Senhora!
A bênção minha mãe, inspiração da minha poesia!
Texto e fotografia de Jossara Bes.
Publicado no jornal Gazeta do Sul - Dia 07/05/2022.
Gratidão!
Querida Jossara, lindíssimo poema, que inspiração, que alegria poder assim sentir a vida!
ResponderExcluirAmei demais ler e aqui deixo meu carinho por você, que tenhas um lindo dia das mães!
A minha está no mundo espiritual faz 32 anos, mas ainda sinto todas as boas energias do amor que ela me deu, mãe eternizada!
Abraços apertados!😍😘
Bom dia, Jossara
ResponderExcluirLinda reflexão. Saudades da minha mãe, ela faleceu em 2020, sei que está com Jesus. Bjs querida.