Meu pai foi o melhor contador de causos que conheci!
Contava suas histórias com alegria nos olhos, imaginação nos gestos, jeito com as palavras e fazia “caretas”, como ninguém!
Criava personagens com uma riqueza de detalhes, que eu tinha certeza (e ainda tenho), que eram reais!
Mulas sem cabeça, mulher de branco, pesadeira, lobisomem e o negrinho do pastoreio, foram alguns dos personagens que desfilaram na escuridão daquelas noites, ao redor do fogão a lenha.
Naqueles tempos, de lampião a querosene, meu pai contava causos de arrepiar, para eu, meus irmãos e as crianças da vizinhança.
Meus olhos ficavam secos de tão arregalados, vendo, como se fosse filme, lugares perdidos e suas assombrações!
Mas, era um medo bom, pois sempre estávamos prontos para ouvir os “causos de assombrar”, que meu pai contava!
...A benção meu pai, suas histórias sobrevivem ao tempo!
“Coração alegre, bom remédio”!
Texto e fotografia de Jossara Bes.
Buona domenica.
ResponderExcluirAmiga Jossara, bom lhe rever e ler.
ResponderExcluirUm bom contador de “causos” alimenta o lúdico em nós, faz a família crescer ao seu redor. E quando partem, deixam o legado de suas narrativas para todos.
Meu saudoso pai (filho das “Minas Gerais”), de tantos bons contadores de histórias, também foi um grande contador de “causos”. Ele sempre dizia, que gente mais velha não conta histórias repetidas vezes por falha na memória, mas sim, para que estas narrativas repetidas inúmeras vezes, não se percam no tempo.
Beijos e tenha um final de semana suave!!!