quinta-feira, 21 de maio de 2020

DEUS TE ABENÇOE



Minha mãe me ensinou desde que eu era bem pequena, cumprimentar tios, tias, avos, padrinhos e até mesmo pessoas mais velhas, pedindo a bênção!
Apertava-se a mão e dizia:
- Bênção!
E a pessoa mais velha,  respondia:
- Deus te abençoe!

Naquele tempo, no meu coração infantil, “ Deus te abençoe”, soava como um gesto de muito carinho, e se revestia de doçura quando  acompanhado de abraços, beijinhos na face e colinho!

Minha tia Zana, “Deus te abençoe”, sempre vinha acompanhado de caramelos deliciosos!

E minha vó Ziroca,  “Deus te abençoe”, era  complementado com o desenho de  uma cruzinha imaginária na testa da gente!

Eu tinha certeza, que acompanhada de “Deus te abençoe”, nada de mal poderia me acontecer, era a garantia de que estava protegida!

E a noite, antes de dormir, “Deus te abençoe”, vindo da boca santa da minha mãe, me livrava dos pesadelos, e até me dava forças para enfrentar o Bicho papão, caso ele resolvesse puxar meu pé na escuridão sonolenta!

O tempo passa, e os costumes são esquecidos, perdidos!

Mas no meu coração, “Deus te abençoe” tem ainda o poder de abençoar, iluminar e proteger!

Essa memória afetiva foi despertada pela data que se comemora hoje:
 “Dia dos afilhados”!

Deus abençoe, minhas afilhadas e afilhados!
Deus abençoe, minhas  queridas madrinhas!
Deus abençoe,  todos nós!

Beijo carinhoso!

Texto e fotografia de Jossara Bes.







domingo, 10 de maio de 2020

MINHA MÃE






Minha Mãe era uma casa pequenina de chão descoberto,  telhado a mostra e janelas de tampões!
Era o banco de madeira, o fogão a lenha e os desenhos de carvão
Minha Mãe, era a roupa branca quarando no gramado
Viradinho de pão, schmier de ovo  e café passado
Era, a prateleira do rádio a pilha e o armário de guardar pratos
Era, as galinhas no terreiro, o porco engordando no chiqueiro, cachorros e alguns gatos
Minha Mãe, era  a cama azul clara, de cabeceira
A cacimba de água fresca, as dálias de muitas cores e os dois  pés de Caneleira
Era, o cheiro de salsinha perfumando a cozinha
Num simples feijão com arroz  ou polenta com galinha
Era, canjica com leite, socadinha no pilão
Era, o suor escorrendo na lenha cortada a mão
Era, o capricho da horta e o chá de erva cidreira
Roupas costurada a mão, perfume de água e sabão e os calos nas santas mãos!

Minha Mãe, minhas lembranças, tesouros, amor sem fim
Teceu em mim esperança,
Fé que habita na  criança
E um persistir, que não cansa!
Minha Mãe hoje é saudade, no altar do meu coração
Foi minha santa na terra, hoje, minha  proteção
O meu choro é de amor
Não tem tristeza, nem dor
É apenas meu coração
Transbordando de emoção
Querendo inventar palavras que possam dar mais sentido
Para que no céu seja ouvido,
“Te amo Mãe! Gratidão”!


Texto e fotografia: Jossara de Fatima Bes
Beijo carinhoso, feliz Dia das Mães!







 






segunda-feira, 4 de maio de 2020

SUA MAJESTADE, "GALLUS, GALLUS"





Sua majestade,  Gallus gallus!
Aposto,  pelo nome “de nascimento” quase ninguém  conhece!
Eu também aprendi ontem, pesquisando!
Tudo começou no café da manhã de domingo!
Levantei da cama com o firme propósito de  preparar algo diferente para o desjejum!
Corri os olhos pela geladeira, observando minhas opções!
Mas, sou confessa, apaixonada por pão!

Portanto, pensar numa opção de café da manhã sem pão, é tarefa quase impossível para um cérebro “glutão” (louca por glúten, com a devida licença poética), feito o meu!
Então, olhei  o pãozinho integral feito por mim, duro feito pedra! (Salientando; sou especialista nesse formato de  “pão pedra”, se alguém se interessar, passo a receita).

Enquanto observava  meu adorado pãozinho, uma luzinha acendeu na minha testa! 
Pão com ovo!
Não! Não é ovo frito com pão! 
É pão lambuzado no ovo temperado, e  frito! Coberto ainda quente, com açúcar e canela!
Essa simples, deliciosa e mágica preparação com gosto de mãe, me levou  a refletir sobre o “Ovo”!
Ai gente, vou começar escrever Ovo, com letra maiúscula, porque ele merece, ou melhor, a "Gallus gallus"!

Apresento, sua majestade “A Galinha”!
Já pensaram na versatilidade de um simples ovo?  
Cada vez mais, considero Galinha,  um ser mágico!
Na antiguidade era conhecida como o  “pássaro que dá á luz todos os dias”!
Isso não é uma boniteza?
Em um ano ela põe em média, 265 ovos!
Hoje, minha declaração de amor, vai para “sua majestade, dona Galinha”!

Não posso garantir que essas  informações farão  mudanças significativas na sua vida e na minha, ao menos não ficaremos mais tão ofendidos, caso  alguém se atreva querer nos humilhar,   chamando de “Galinha” ! 

Beijo carinhoso, linda semana para quem passar por aqui!
Texto e fotografia de Jossara Bes.
Fontes de pesquisa: Internet.