Minha
mãe me ensinou desde que eu era bem pequena, cumprimentar tios, tias, avos,
padrinhos e até mesmo pessoas mais velhas, pedindo a bênção!
Apertava-se
a mão e dizia:
-
Bênção!
E a
pessoa mais velha, respondia:
-
Deus te abençoe!
Naquele
tempo, no meu coração infantil, “ Deus te abençoe”, soava como um gesto de
muito carinho, e se revestia de doçura quando
acompanhado de abraços, beijinhos na face e colinho!
Minha
tia Zana, “Deus te abençoe”, sempre vinha acompanhado de caramelos deliciosos!
E minha
vó Ziroca, “Deus te abençoe”, era complementado com o desenho de uma cruzinha imaginária na testa da gente!
Eu
tinha certeza, que acompanhada de “Deus te abençoe”, nada de mal poderia me
acontecer, era a garantia de que estava protegida!
E a
noite, antes de dormir, “Deus te abençoe”, vindo da boca santa da minha mãe, me
livrava dos pesadelos, e até me dava forças para enfrentar o Bicho papão, caso
ele resolvesse puxar meu pé na escuridão sonolenta!
O
tempo passa, e os costumes são esquecidos, perdidos!
Mas
no meu coração, “Deus te abençoe” tem ainda o poder de abençoar, iluminar e
proteger!
Essa
memória afetiva foi despertada pela data que se comemora hoje:
“Dia dos afilhados”!
Deus
abençoe, minhas afilhadas e afilhados!
Deus
abençoe, minhas queridas madrinhas!
Deus
abençoe, todos nós!
Beijo
carinhoso!
Texto
e fotografia de Jossara Bes.