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sábado, 18 de junho de 2016

MEMÓRIA AFETIVA

Minhas Fotos - 2016


Queridos amigos,

Acredito que sou um pouco de cada pessoa que passou ou está, na minha vida.
Alguns me alimentam de esperança, me impulsionam! 
Outros me mostram como não quero ser!
Pensando nisso, lembrei meu primeiro emprego.
Na época estava com 11 para 12 anos.
Uma caipirinha mirradinha, recém chegada do interior. 
Viemos para cidade, pois minha mãe estava muito doente e necessitava constantemente tratamento médico.
O padre da comunidade foi nos visitar e levar a Comunhão ( Santa Hóstia) para minha mãe. Penalizado, acredito, com a situação de nossa família, pediu para minha mãe, se eu poderia ajudar uma vez por semana sua irmã, nas tarefas da casa.
Sem titubear, ela concordou, e daquele dia em diante,  passei a ser, “a que limpava a casa do padre”.
Meus irmãos riam de mim.
Eu chorava, sentindo-me envergonhada e triste.
Minha mãe me animava dizendo que trabalho não era, e nunca seria vergonhoso, e que eles estavam  com inveja de mim!

A irmã do padre era uma senhora bem mais velha que minha mãe. Muito alta e magra. Usava óculos grossos  e me parecia que as lentes eram escuras. Quase não sorria, porém, tinha uma conversa mansa e me tratava com delicadeza.
Não lembro se me pagava com dinheiro, mas lembro muito bem, que enchia uma sacola com mantimentos e eu voltava para casa feliz. 

Enquanto me ensinava  limpar o chão, tirar pó, lavar e passar a roupa, também me ensinava para a vida!
Dizia-me que uma situação não fica ruim para sempre, porém, eu deveria me esforçar ao máximo para melhorar.
 Perguntava-me onde eu gostaria de morar e o que eu gostaria de ser depois de estudar.

 Eu sabia que queria morar numa casa linda, limpa e grande, igual a dela, mas confesso nunca soube ao certo o que eu gostaria de ser. 
 
Num desses dias, percebendo que eu estava com frio, me levou para um cômodo repleto de roupas.
Explicou-me que eram peças vindas da Alemanha e seriam  doadas aos necessitados.
Separou algumas coisas para mim, porém,  uma peça em  especial!
Um blazer azul com  listrinhas mais escuras, parecido com risca de giz. Disse-me ser alta costura!

 Fiquei  orgulhosa, com muita pressa de chegar em casa e mostrar para minhas irmãs.
Minha mãe achou o blazer lindo, porém,  minhas irmãs, se dobravam de rir do “casaco cafona”, pois estavam na fase do jeans, All Star (tênis) e camisetinhas.
Fiquei decepcionada! 

Guardei o blazer com muito cuidado e carinho.
Não usei muitas vezes, porém, o blazer azul  foi um símbolo para mim.

Graças a irmã do padre, (infelizmente não lembro  o  nome dela), sei limpar minha casa, e me viro muito bem quando não consigo alguém para me ajudar.
Adoro roupas esportivas, inclusive jeans, camisetas e All Star, e sou apaixonada por roupas de alfaiataria,  bem cortadas, bem acabadas.
Há alguns anos, doei o blazer azul para campanha do agasalho.
Confesso que se fosse hoje, eu o guardaria num lugar especial, pois significou muito para mim, porém,  mais importante, foram às coisas para a vida, que a querida irmã do padre me ensinou!
Que Deus a abençoe, onde ela estiver!


Beijos!
Jossara Bes.

sábado, 4 de junho de 2016

CANÇÃO DE MIM

Minhas Fotos - 2016



Sou flor de margarida acariciando o vento!
Desdobrando a vida, enquanto os anjos cantam!
Sol, lua,
Céu cheio de estrelas,
Campo florido,
Vento ligeiro!

Sou flor de margarida,
Sinto Deus me abraçando!

Beijos!
Jossara Bes.