Naquele tempo, a gente aprendia falar para conversar com as gentes, e a rezar para conversar com Deus!
“Prosear” com Deus, por vezes, era muito mais importante que “ficar de conversa fiada”!
A gente aprendia agradecer, assim que “os zóio” se abria, como dizia minha vó, mãe do meu pai, única avó que conheci!
Agradar a Deus era um dos ensinamentos mais potentes, tanto em casa, quanto na escola!
Todos os dias, antes de começar a aula, rezávamos, todos juntos!
Éramos orientados a frequentar o terço aos domingos e alguns poucos anos depois, o catecismo, preparando para a Primeira Comunhão!
Tudo que a escola ensinava era muito bem reforçado em casa, com a educação dos pais e avos!
E naquele tempo, ninguém contestava o que o professor ou professora ensinava!
E assim a vida seguia, sem grandes sobressaltos!
Pois, sempre que o coração se apertava no peito,
Com meus “zóio” bem fechado e os joelhos dobrados
Deus Pai, dava um jeito!
Minha mãe me abraçava e comigo rezava!
...E os dias passavam!
Oh, “sodade”!
Daquelas gentes de bom coração, gentes do meu coração!
Texto e fotografia de Jossara Bes.