Naquele tempo, eu comia bibiti sentindo a terra estalar nos dentes, com os pés crivados de rosetas,
e me sentia feliz!
Bebia água da cacimba, comia feijão com arroz, dormia em colchão de palha
e sonhava feliz!
Tomava banho de rio ou de bacia, esfregava o corpo com trapo e sabão em pedra, secava ao sol ou com um pano qualquer
e suspirava feliz!
Naquele tempo, tempo “bão”!
De café coado,
ovo frito, feijão mexido requentado,
torresmo e pinhão sapecado!
De vaga-lumes no terreiro,
Mão pelada no potreiro
E raposa no galinheiro!
De risadas e gritaria
Canela esfolada, unha arrancada,
Galo na testa, prego no pé!
Carrapicho no cabelo
Barro no corpo inteiro
Rio abaixo, mataréu...
Meu lugarejo, meu céu!
Texto e fotografia de Jossara Bes.