Assim como Manoel de Barros, o Poeta, meu ídolo, tenho um chamamento por
coisas desimportantes, sem utilidade!
Como ele, também defendo o “criançamento” das coisas e das palavras!
Vivo descoisando coisaradas, para
serventia dos miúdos!
Serventia essa, que só percebe quem se desadulta!
Estou me especializando em transformar coisas desimportantes em coisas
outras, sem serventia!
Passo pelas horas fabricando
inutilidades e analisando suas impossiblidades!
Me desfaço, sempre que uma arvore
me abraça ou quando uma estrela me brilha!
Minha incompletude carece do “criançamento” do mundo!
Texto e fotografia de Jossara Bes.