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quarta-feira, 11 de julho de 2012

BRINCANDO DE MORRER


                                 
Este prêmio recebi da querida Yayá, do blog Artes e Escritas .






Era primavera! Dia de temperatura amena! Minhas duas irmãs maiores ficaram com a tarefa de organizar a casa.
Meu irmão, mais velho que eu,  resolveu passar o tempo aborrecendo minhas irmãs. A todo o momento entrava em casa  e saía em seguida. O objetivo era sujar o chão que as meninas  limpavam,  era  irritar!
Eu, sem prestar muita atenção ouvia a discussão.
A cada vez que ele entrava em casa, correria e gritaria. 
Ele não parou! Então, minhas irmãs o pegaram e prenderam dentro de uma caixa enorme que havia na cozinha. Caixa essa que servia para guardar mantimentos do tipo feijão, arroz, farinha...
Decerto por aqueles   dias não havia muita coisa dentro!
A caixa  era de madeira e a tampa  bastante pesada.
Minhas irmãs acabaram a limpeza e não se ouviu nem um “piu” de meu irmão, preso dentro da caixa!
Quando elas lembraram, já tinha se passado bastante tempo. Abriram a caixa e lá estava ele, com as mãos cruzadas sobre o peito e os olhos fechados.
Chamaram pelo nome, sacudiram estapearam e nada, ele permaneceu imóvel. Morto! Elas se desesperaram!
Com tanto estardalhaço fui ver o que estava acontecendo. Minha irmã  falou chorando:
- Corre, chame a mãe que o João morreu!
Saí correndo, pois percebi que essa “coisa” chamada “morreu” deveria ser muito grave.
Minha mãe  capinava numa roça não muito longe de casa, fui correndo e gritando:
- Mãe, mãe o João morreu!
Mamãe largou a enxada e botou-se a correr para casa, chorando.
Chegando em casa, meu irmão que o tempo todo estava se fazendo de morto apavorando as meninas, não agüentou mais e começou a rir. E tão logo a chorar, pois começou a apanhar de minha mãe.
Entramos os quatro pra uma “roda de laço”!
Imagine o susto! O desespero de minha mãe!
Depois tudo se transformou em gargalhadas!
Eta, brincadeira de mau gosto!

Beijos!
Jossara Bes.



6 comentários:

  1. Um bom relato das lembranças da meninice.
    As brincadeiras de mau gosto, para a criançada, não eram mais que meras brincadeiras, algo inconsciente e inconsequentes.
    Mas éramos assim na juventude daqueles tempos onde o que mais faltava era divertimento.
    Outros tempos.


    Beijos



    SOL

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  2. Boa noite Jossara querida


    Ai que menino danado...
    Acho que se eu fosse sua irmã, teria dado várias palmadas nele pelo susto...rs


    Beijos
    Ani

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  3. Amei o texto, Jossara! Um abraço para toda a sua família e obrigada pelo carinho da publicação do prêmio, Yayá.

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  4. Grande ator interpreta tão real
    que causa dor
    como o poeta fingidor
    se o seu conto é real ou não
    senti dor e raiva do menino
    no final
    foi um excelente ator.

    Luiz Alfredo - poeta

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  5. Oi Jossara,
    Que susto!!!
    Uma vez minha mãe estava repousando depois do almoço e eu peguei um monte de roupas velhas e me vesti de mendiga. Coloquei uma dentadura velha, que sei lá de quem era, um lenço no cabelo. Minha mãe acordou meio zonza de sono e quase teve um infarto, pois achou que uma pedinte tinha invadido a casa. Levei a maior bronca! Eu tinha uns 12 ou 13 anos.
    xoxo

    Gosto disto!

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  6. Que relato esta revelando coisas da nossa infancia que por ser uma das mais novas nem tinha conhecimento mas deve ter sido divertido, bem que fez nossa mãe pela roda de laço,imagina o susto pois mãe amorosa era ela....kkkkkkk.

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