Nunca fiz tatuagem na minha pele, mas são varias as cicatrizes impressas nas minhas carnes.
Sinais, que contam as histórias de minha infância!
Marcas que o tempo não apaga!
E sempre que alguém me pergunta:
— O que foi isso? Apontando para algum sinal na minha pele. Imediatamente me transporto no tempo e volto para o meu pequeno lugarejo, onde minha infância mora.
Lá, onde as histórias acontecidas careciam de “registro”. Nem que fosse na carne, nos ossos ou na pele.
Se doeram?
— Santa Barbina! Naquele tempo, não se costurava carne do corpo com linha e agulha, minha vó Ziroca era quem “cozia” com ramos, rezas e muita banha de porco. As carnes se emendavam, os ossos se grudavam e a vida seguia!
Eu, menina brincadeira, com faísca nos olhos ( meu pai que disse), asas nas pernas e traquinagens na cabeça, vivia remendada, esfolada, escalavrada e muito feliz!
Foram muitos galos na testa, dedos com unhas arrancadas, talhos nos pés e pernas, queimaduras e tudo mais que você possa imaginar!
Cada sinal no meu corpo é uma boa história para contar e me lembrar de não levar a vida muito sério!
Vamos brincar?
Texto e fotografia de Jossara Bes.
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